11/03/07

Pauliteiros de Miranda

Origem
A origem da dança dos pauliteiros não recebe unanimidade dos estudiosos que sobre ela se debruçaram. O P.e João Manuel de Almeida Morais Pessanha e outros autores atribuem a sua origem à clássica dança pírrica, guerreira por excelência.
A dança mirandesa dos paulitos teria origem na dança pírrica dos Gregos mas manifesta também vestígios de danças populares do sul de França e na dança das espadas dos Suíços na idade média. Os romanos seriam os responsáveis pela propagação da dança pírrica a esta região. O Dr. José Leite de Vasconcelos não aceita esta teoria justificando que a dança introduzida em Roma e depois espalhada pelo império nada tinha em comum com a dança pírrica. Na dança pírrica, os dançantes, com armas e escudos de pau, simulavam o ataque a a defesa na batalha, usavam túnicas vermelhas, cinturões guarnecidos de aço e os capacetes dos músicos eram emplumados. Os bailadores colocavam-se em duas filas e dançavam ao som de flauta.

O Abade de Baçal vê muitas semelhanças entre esta dança e a dança dos pauliteiros tais como a substituição das túnicas pelas saias, o escudo pelo lenço sobre os ombros, os chapéus enfeitados e e a utilização da flauta pastoril. A própria evolução da dança, parece ter muitas semelhanças, com várias partes, perseguição, luta, saltos e a dança da vitória. Algumas das mais famosas danças retractam bem essas semelhanças como seja o Salto do Castelo (saltos) e o vinte cinco de roda (dança da vitória). Em Espanha, a danza de palos, é dançada da Galiza à Extremadura.

Segundo o folclorista e musicólogo espanhol Dr. Garcia Matos teria origem na dança da fertilidade. Outros autores espanhóis dizem que a dança é de origem medieval.

O sr. P.e Mourinho concluiu que: trata-se de uma dança comum à Península Ibérica; que há nela tradições militares dos povos autóctones, dos greco-romanos, medievais e outras; embora possa ter existido anteriormente terá vindo com o repovoadores do reino de Leão.

Intrumentos

O tamboril é um pequeno tambor que se toca com duas baquetas. É um instrumento de especial agrado dos mirandeses.

Gaiteiros de Palaçoulo

A gaita-de-foles é a clássica gaita pastoril ou gaita galega, mais estridente, por via de regra, do que as similares da Galiza: é também mais tosca, e por isso mais típica.

A flauta pastoril, monotubular de três buracos, em mirandês fraita, feita ao torno manual, é de pau da buxo, ou de freixo e tocada só com três dedos duma mão, o polegar, o indicador e o médio. Os buracos são abertos ao fundo, dois na frente e um na retaguarda. Os da frente ponteados para o indicador e médio, o da retaguarda pelo polegar da mão esquerda, enquanto a direita toca o tamboril com a baqueta.

Ângelo Arribas - flauta pastoril

As castanholas são feitas à navalha e enfeitadas com desenhos à ponta da mesma navalha.

Danças

Os laços da dança dos Pauliteiros chamam-se em mirandês lhaços. Apesar de actualmente estes lhaços não serem cantados, grande parte deles tem uma letra.

Laço do Mirandum (mp3)

Mirondúm, mirondúm, mirondela,

Mirondúm se fué a la guerra,

No sé cuando vendra,

No sé se vendrá por la pascua,

Se por la eternida(d),

Se por la eternida(d).

La eternida se pasa,

Mirondúm, Mirondúm, mirandela,

La eternidad se passa,

Mirondúm se vieno (vino) ya.

Fonte: Pauliteiros de Miranda

2 comentários:

Anónimo disse...

castelhano tb aki?? jiá, nao xiega o k tienho k ouvier a saieda das viossas aulias??? ja num xiega... pelo amior de la sianta!!! jiá nao hia piaxiorria... LOLADA

Ratita Rute depois de andar a desenhar coisas sem sentido.... lolada....

ratita-Sónia disse...

Mira chicca, temos que começar a interiorizar un cachito desta cultura.... não é só acrescentar "i" a torto e a direito, digo eu na língua de Camões ;) Mais uns mesitos e é "olés" à grande e à espanhola!!! Rambóia Castelhana *